CRÉDITO: jornalismosemfronteira.com.br Corto o alho e a cebola, desfio o frango, pego alguns tomates cerejas e faço o mesmo. Ligo o fogo coloco azeite na panela e boto tudo dentro. Mexo cada ingrediente com uma colher de pau, devo confessar que odeio cozinhar usando colher de metal, a impressão é de que o aço possa dar gosto ruim à comida. Coloco o sal, o orégano, a hortelã e o coloral, mexo mais um pouco, desligo o fogo e finalizo com salsinha e cebolinha picadas. É uma simples receita, mas que virou rotina na minha vida nos últimos anos. Cozinhar para esquecer dos dias tristes e dos tormentos da vida. Relaxo a cada lágrima derramada por culpa da cebola, por cada dedo fatiado junto com a carne e a cada prato feito de forma errada, afinal de contas ninguém é perfeito. Política é quase a mesma coisa. Mudam-se os ingredientes, mas o tempero se repete, assim como se reiteram as promessas, os lero-leros, os disse-me-disse de sempre. Cada um no seu quadrado, comprometendo-se a mudar
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