O caixão abriu só uma fresta, mas foi possível ver os cabelos brancos penteado para trás e sentir o cheiro de carne podre que exalava de seu corpo. Ele vestia terno de cor clara e usava gravata roxa, tinha terra grudada nos sapatos e também caindo nas calças, à imagem era assustadora. Sentou-se no acolchoado do caixão, esticou os braços magros para o lado e espreguiçou-se. A esposa de cabelos loiros e olhos verdes se aproximou dando-lhe um beijo no rosto e lhe ofertando um copo de sangue. Sentado há poucos metros estava o filho, brincando com um bonequinho barbado, ele espetava uma espécie de alfinete enquanto gargalhava. O vampirão bebeu o sangue num só gole. O liquido viscoso escorria no canto da boca e um sorriso de satisfação emergia de seu rosto. De repente batidas na porta. Era dia e não podiam abrir as janelas, pois a luz do sol mataria a todos. Medo e angustia. O vampiro estava prestes a se dar mal. Seis homens vestidos de preto, munidos de agua benta e colar de alho
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