CRÉDITO: ciberia.com.br Sua saúde estava frágil havia muito tempo. Deitada em sua cama, Marina esperava pelo provável, a morte. Trancada consigo mesma ela pôde lembrar-se de sua juventude, dos dias de mocidade e de sua paixão pela dança. Como eram bons aqueles momentos, em que ela desfilava toda sua audácia como dançarina e era disputada pelos homens, todos sem exceção gostariam de ter com ela. Marina, que em sua mocidade tinha os cabelos loiros e agora na velhice, enferma, sustentava um resquício de cabelo, um sorriso sem graça e um corpo magro, parecendo uma caveira. Pobre Marina. Pobre dela. Viveu, porém, não foi feliz. Amou, mas nunca foi amada. Teve homens a seus pés, mas por puro interesse. Ninguém a amou como ela gostaria, Marina só foi usada. Com o passar dos anos ela só acumulou dentro de si, mágoas e rancores. E toda essa tristeza acumulada transformou-se em doença. Depois disso, Marina morreu para o mundo, mas não fisicamente. Quando tinha vontade de viver, ficava a vaga
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