Crédito: mensagenscomamor.com Meti meus dedos em seus cabelos, tão poucos e fracos, e segurei em sua mão; tão frágil e quase sem vida, você estava indo. De camisola, deitada na cama me olhou, com seus olhos fraquinhos que forçavam apenas para ver os rostos magros de seus familiares. Seus braços outrora fortes capinavam o mato que crescia teimoso em volta da cerca, e suas pernas faziam você correr atrás da gente e das galinhas, essas que eram servidas em uma panela grande com batatas cortadas e cenouras em rodelas finas. Mas você estava ali, prostrada, esperando pelo fim. Na cabeceira da cama um retrato da família; papai e mamãe. Você de vestido e ele de calças compridas e uma camisa xadrez, com uma gravata pendurada no pescoço; e nós seus filhos, de calças curtas e descalços, com os pés pisando na terra e com as solas sujas de tanta felicidade. Estávamos todos lá, com exceção de papai, morto numa emboscada armada por um vizinho sem coração. Mamãe sofreu demais com isso. O barul
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