Sua saúde estava frágil
havia muito tempo. Deitada em sua cama, Marina esperava pelo provável, a morte.
Trancada consigo mesma ela pôde lembrar-se de sua juventude, dos dias de
mocidade e de sua paixão pela dança. Como eram bons aqueles momentos, em que ela
desfilava toda sua audácia como dançarina e era disputada pelos homens, todos
sem exceção gostariam de ter com ela. Marina, que em sua mocidade tinha os
cabelos loiros e agora na velhice, enferma, sustentava um resquício de cabelo,
um sorriso sem graça e um corpo magro, parecendo uma caveira. Pobre Marina.
Pobre dela. Viveu, porém, não foi feliz. Amou, mas nunca foi amada. Teve homens
a seus pés, mas por puro interesse. Ninguém a amou como ela gostaria, Marina só
foi usada. Com o passar dos anos ela só acumulou dentro de si, mágoas e
rancores. E toda essa tristeza acumulada transformou-se em doença. Depois
disso, Marina morreu para o mundo, mas não fisicamente. Quando tinha vontade de
viver, ficava a vagar pela casa. Vagava pelos cômodos sujos, escuros e com
cheiro de podridão, odor de morte. Quando esse desejo passava, ela deitava-se
em sua cama. Vestida com uma camisola branca com rendas bordadas nas mangas, à
moribunda Marina pedia a Deus que a levasse dali de uma vez por todas, no
entanto, seu pedido era sempre negado. Marina estava sem sorte, aliás, nunca
teve. Nunca jogou, pois saberia que nunca iria ganhar, nunca arriscou, pois
sempre perderia. Sua vida era uma eterna frustração. Sem esperanças e
desesperada, Marina foi até a janela. O vento bateu em seu rosto velho e os
poucos cabelos que ainda lhe restavam bailaram no ar. Como um anjo, de asas
grandes e bonitas, Marina deu adeus ao seu sofrimento. E lá se foi ela, voando
alto em direção à eternidade.
A corrida começou e com o inicio da disputa também começa à busca por um candidato melhor. 2014 está sendo um ano atípico em nosso país. De possível desastre na organização de uma copa do mundo a grande organizador, mas tudo isso foi apagado graças ao pífio desempenho dentro de campo da nossa seleção. Os 7x1 sofridos diante da Alemanha ainda ecoam na cabeça de muita gente por aí. Um velho técnico voltou sob os olhares desconfiados da mídia, e também da população que clamava por um Guardiola da vida ou um Tite qualquer. Passado o mundial e toda aquela ressaca pós vexame o Brasil e seu povo precisam agora mudar a faixa do disco; esquecer a festança e partir para novos caminhos. As eleições estão aí e nunca antes na história precisaremos usar a cabeça e votar corretamente. OK! Aqui estou mais uma vez falando de política, defendendo meu ponto de vista, mas respeitando como sempre a opção dos outros. Não estou escrevendo isso aqui com o intuito de escolher em quem você deva votar. Democr
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