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Concordo que não estão sendo fáceis esses últimos dias
para a nossa presidente da República. A pressão pela sua saída do Palácio do
Planalto vem, com certeza, tirando o sono dela, deixando seus nervos à flor da
pele e por consequência disso tudo, talvez, ela esteja descontando sua raiva em
alguém; o que não justifica a matéria tendenciosa e cheia de achismos e hipóteses,
como a veiculada pela revista Isto É desta semana.
A reportagem intitulada “Uma presidente fora de si”.
Mostra uma Dilma totalmente descontrolada. Alguém que xinga e chora na
eminencia da perda do mandato. A presidente é taxada como louca pelos responsáveis
pela matéria, texto, aliás, que está recheado de possibilidades, isso mesmo que
você acabou de ler. Que ela mandou tirar os jornais e as revistas perto dela,
ok. Que ela tem falado palavrões aos montes, ok, quem nunca mandou alguém ir à
merda, em um momento de raiva???
Dilma vem sofrendo uma grande perseguição, mas chama-la
de maluca, baseado no que os outros falam é um pouco antiético. Um trecho da
reportagem é bem interessante, portanto vejamos: “Para tentar aplacar as
crises, cada vez mais recorrentes, a presidente tem sido medicada com dois
remédios ministrados a ela desde a eclosão do seu processo de afastamento:
rivotril e olanzapina, este último usado para esquizofrenia, mas com efeito
calmante. A medicação nem sempre apresenta eficácia, como é possível notar.”
Ou seja. Segundo a revista a presidente está maluca e
estando lelé da cuca não teria condições de continuar no comando da presidência.
Já não basta toda a pressão popular sofrida por ela, daí vem à imprensa em peso
com coisas assim, sem sentido; com o único objetivo de denegrir a imagem dela.
Prestem muita atenção. Não estou protegendo ninguém, entretanto eu acho injusto
lançar má fama de uma pessoa com base em relatos de pessoas que nem se sabe
quem realmente são, de seus interesses no meio desse furacão que tem se tornado
esse processo de impeachment.
O mais estranho é a aceleração desta demanda. É como se
caso ela realmente saia, o que eu vejo com grandes possibilidades, é que as
coisas realmente mudarão assim em um piscar de olhos. Claro que teríamos mudanças
não muito significativas a respeito da nossa economia. Porém já seria um alento
no meio de tantas notícias ruins divulgadas diariamente.
Quanto à postura da revista, eu acho um desrespeito, beira
ao machismo podre que assola a nossa sociedade. Independente de ela ser uma
pessoa preparada ou não para ocupar o cargo que ocupa e de ser culpada ou
inocente dos crimes que são impostos a ela, nunca, em hipótese alguma se deve
acusar alguém de louco ou coisa que o valha.
O mínimo que os responsáveis pela matéria deveriam fazer
é se retratar, ou der direito de resposta para que ela esclareça tudo àquilo
que aparece escrito no texto publicado.
E sejamos “francos”. Da pra fazer bom jornalismo sem
achismos e sem atacar a honra alheia??? É claro que dá, é só ser um pouco mais
inteligente e menos preguiçoso.
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