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O metrô lotado nosso de cada dia.

Metrô lotado? Há você reclama demais! Mas tente entrar em um vagão de trem após as seis da tarde. Melhor dizendo, você consegue, mas daquele jeitinho brasileiro, na base do empurra empurra e aperta que ainda cabe mais um.
Você entra e é esmagado e sendo amassado acaba espremendo quem está a sua volta. Você pede desculpas e o seu vizinho de espaço aceita. Então você escuta o operador do trem anunciando a próxima estação. Você comemora quando uma meia dúzia de pessoas saem, mas entra em desespero quando uma dúzia invade a composição, e aquilo que parecia alívio se transforma novamente em pesadelo.
O metrô sai e você finalmente começa a ensaiar uma comemoração. Aleluia vou sair! Melhor dizendo. Serei expulso do trem. E isso ocorre da pior maneira possível.
Ficam a bolsa e vem o braço ou não necessariamente nessa desordem. Atrasado você sai correndo, sobe as escadas rolantes com uma pressa de dar medo e vai ultrapassando aquele mar de gente rumo a faculdade, aí vem o segundo problema, a fila do elevador, há mas tem escada. Eu sei ó cara pálida, mas acontece que eu não aguento subir oito andares e não é pelos 0,20 centavos é sim pelo cansaço. Você entra no elevador na esperança da aula ainda estar no começo e torcendo para não ter perdido muita coisa, no entanto, para a sua sorte a professora nem chegou ainda.
Aí na aula você aprende coisas sobre marcas e patentes, direito ambiental e outras coisas. Depois vem o intervalo e em seguida a bendita Antropologia e os Índios Bororo. Mas espera aí?! Ontem não teve índios Bororo teve umas coisas bem mais interessantes.
Fim de aula e você vai embora com os amigos e quando chega na estação aquele mundarel de gente. Filas e mais filas e mais uma vez você entra no trem daquela mesma forma que você entrou quando estava indo e sai da mesma forma que havia saído quando estava vindo. Então suas colegas olham pra você e começam a dar risada e você sem entender porcaria nenhuma pergunta:
- O que foi?
- A sua mão está suja!- Responde uma delas.
Eu olho e vejo a minha mão pintada de preto, mas o álcool em gel com aroma de maracujá livrou a minha mão da sujeira. Quanto a lotação do metrô só com doses cavaleres de maracujina é que ficarei calminho calminho com o transporte público dessa cidade.

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