Bem. Não posso dizer que sou especialista no assunto e nem pretendo ser, afinal de contas em futuro muito próximo serei jornalista e não médico.
Então. Para quem não sabe, hoje é o dia mundial do Parkinson, e por quê este sujeito que sempre escreve de política, que vira e mexe faz piada com o time que torce resolveu falar sobre o assunto?
Primeiro: não vou explicar como a doença surge, pois como já escrevi, "sou jornalista" e não médico, e por isso não tenho base para falar do assunto, mas vou detalhar uma experiência familiar e como eu descobri, quer dizer, não somente eu, mas toda a minha família, principalmente a minha mãe que foi infelizmente acometida por essa enfermidade.
Segundo: para os babacas de plantão, Mal de Parkinson não é somente aquela doença no qual o adoentado vive a tremer mão e que para os alienados se transforma em motivo de riso e combustível para inúmeras piadas sem graça.
Essa doença é muito mais do que isso. Ela é simplesmente a pior coisa que alguém poderia ter. No caso da minha mãe tudo começou por causa de uma bolada. Isso mesmo pessoal. Para aqueles que não sabem meu pai era jogador( não profissional, mas era, goleiro dos bons) e ela sempre acompanhava ele nos jogos; e numa ironia do destino ela levou uma bolado no rosto.
Eu lembro muito bem daquela época, pois ia praticamente todos os dias com ela ao hospital. Minha mãe reclamando de fortíssimas dores de cabeça, e ouvindo dos médicos que aquilo não passava de "FRESCURA" dela.
Aí começaram os outros sintomas. Uma de suas mãos parou de mexer, a principio foi falado em distrofia muscular, tanto é que uma cirurgia foi feita, e é claro não resolveu. Demorou um pouco até sair o diagnóstico definitivo, mas até isso ocorrer as coisas não estavam nada boas.
As dificuldades em realizar as tarefas mais simples, como por exemplo: lavar roupa, limpar a casa lavar à louca, entre tantas outras coisas, se tornava impossível. A mão tremia e os músculos enrijeciam.
Eu com onze ou doze anos de idade vi e convivi com essa situação durante anos, mas não reclamo, pois hoje em dia vejo com um bom aprendizado. Já que para mim, doença eram somente gripes, resfriados e maldita da sinusite.
Também não me envergonho em dizer que durante boa parte da minha vida ajudei ela; dando comida na boca, arrumando na cama, pois nem mudar de posição ela conseguia fazer sozinha. Imagina você ser obrigado a descansar em uma unica posição?
Não consegue pensar? Então, nem eu tenho essa capacidade, mas vi de perto essa situação. Uma pergunta que eu faço:
- Quanto tempo vocês demoram para ir ao banheiro de sua própria casa?
Um minuto? Menos? Há, não importa, pois bem, ela demorava bastante, só para levantar do sofá, da cama ou de onde ela estivesse já era um sacrifício.
Mas hoje graças a Deus as coisas são completamente diferentes, graças a dois eletrodos implantados no cérebro alimentados por uma bateria que está um pouco abaixo do ombro, ela consegue fazer seus afazeres.
Até parece que aquela pessoa abatida, que não conseguia fazer nada sozinha voltou a desempenhar seus afazeres de dona de casa.
Eu não vim aqui para escrever esse texto apenas por escrever, afinal de contas não é apenas minha família que tem uma pessoa com essa doença. Posso dizer com muito orgulho que não tenho vergonha, tanto é que resolvi registrar um pouco dessa experiência aqui nesse texto.
A todos só uma coisa, respeitem, pois vocês não devem ter noção do quanto é ruim não só para a pessoa, mas para todos aqueles que estão ao lado.
Então. Para quem não sabe, hoje é o dia mundial do Parkinson, e por quê este sujeito que sempre escreve de política, que vira e mexe faz piada com o time que torce resolveu falar sobre o assunto?
Primeiro: não vou explicar como a doença surge, pois como já escrevi, "sou jornalista" e não médico, e por isso não tenho base para falar do assunto, mas vou detalhar uma experiência familiar e como eu descobri, quer dizer, não somente eu, mas toda a minha família, principalmente a minha mãe que foi infelizmente acometida por essa enfermidade.
Segundo: para os babacas de plantão, Mal de Parkinson não é somente aquela doença no qual o adoentado vive a tremer mão e que para os alienados se transforma em motivo de riso e combustível para inúmeras piadas sem graça.
Essa doença é muito mais do que isso. Ela é simplesmente a pior coisa que alguém poderia ter. No caso da minha mãe tudo começou por causa de uma bolada. Isso mesmo pessoal. Para aqueles que não sabem meu pai era jogador( não profissional, mas era, goleiro dos bons) e ela sempre acompanhava ele nos jogos; e numa ironia do destino ela levou uma bolado no rosto.
Eu lembro muito bem daquela época, pois ia praticamente todos os dias com ela ao hospital. Minha mãe reclamando de fortíssimas dores de cabeça, e ouvindo dos médicos que aquilo não passava de "FRESCURA" dela.
Aí começaram os outros sintomas. Uma de suas mãos parou de mexer, a principio foi falado em distrofia muscular, tanto é que uma cirurgia foi feita, e é claro não resolveu. Demorou um pouco até sair o diagnóstico definitivo, mas até isso ocorrer as coisas não estavam nada boas.
As dificuldades em realizar as tarefas mais simples, como por exemplo: lavar roupa, limpar a casa lavar à louca, entre tantas outras coisas, se tornava impossível. A mão tremia e os músculos enrijeciam.
Eu com onze ou doze anos de idade vi e convivi com essa situação durante anos, mas não reclamo, pois hoje em dia vejo com um bom aprendizado. Já que para mim, doença eram somente gripes, resfriados e maldita da sinusite.
Também não me envergonho em dizer que durante boa parte da minha vida ajudei ela; dando comida na boca, arrumando na cama, pois nem mudar de posição ela conseguia fazer sozinha. Imagina você ser obrigado a descansar em uma unica posição?
Não consegue pensar? Então, nem eu tenho essa capacidade, mas vi de perto essa situação. Uma pergunta que eu faço:
- Quanto tempo vocês demoram para ir ao banheiro de sua própria casa?
Um minuto? Menos? Há, não importa, pois bem, ela demorava bastante, só para levantar do sofá, da cama ou de onde ela estivesse já era um sacrifício.
Mas hoje graças a Deus as coisas são completamente diferentes, graças a dois eletrodos implantados no cérebro alimentados por uma bateria que está um pouco abaixo do ombro, ela consegue fazer seus afazeres.
Até parece que aquela pessoa abatida, que não conseguia fazer nada sozinha voltou a desempenhar seus afazeres de dona de casa.
Eu não vim aqui para escrever esse texto apenas por escrever, afinal de contas não é apenas minha família que tem uma pessoa com essa doença. Posso dizer com muito orgulho que não tenho vergonha, tanto é que resolvi registrar um pouco dessa experiência aqui nesse texto.
A todos só uma coisa, respeitem, pois vocês não devem ter noção do quanto é ruim não só para a pessoa, mas para todos aqueles que estão ao lado.
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