Não
faz tanto tempo assim, que o atual mandatário tricolor, Carlos Miguel Aidar,
veio a público em entrevista coletiva para dizer que o time dele o São Paulo
era soberano e que o Palmeiras, prestes a quase ser rebaixado era um time que
estava se apequenando.
Passado
alguns meses a situação de ambos e definitivamente oposta. O tricolor do
Morumbi está endividado, seus atletas estão com os salários atrasados e até
alguns atletas do clube tiveram que ser negociados, para que parte dessa dívida
fosse sanada.
Nesse
período, o Palmeiras cresceu. Conseguiu patrocínios e o dinheiro vem pingando
nos cofres alviverde, graças a sua nova arena, considerada por muitos a mais
moderna do Brasil. O estádio São Paulino está velho e precisa urgentemente de
reforma, antes que desabe como está caindo o clube que anos atrás servia como
exemplo de boa administração.
Aidar
sempre foi provocador e birrento. Ao contratar Alan Kardec, ele demonstrou sua
prepotência de maneira clara e direta. Sem grana na época, o Palmeiras não
comprou o até então ídolo palestrino; o destino do atacante foi pular o muro e
ir para o São Paulo.
“O
Palmeiras está se apequenando”, foi o que disse o presidente do clube do
Morumbi. Com grandes chances de rebaixamento naquela temporada o verdão aceitou
a provocação calado. Paulo Nobre cortou relações com aquela diretoria, que historicamente
sempre gostou de atravessar as negociações verdes.
Em
2015 a grande mudança viria para aumentar mais essa rivalidade. Com a camisa
recheada de patrocinadores, finalmente, depois de muitos anos, o Palmeiras
teria a possibilidade de montar um elenco digno de suas tradições. O primeiro
golpe foi dado antes mesmo do inicio da temporada. Dudu, meia-atacante, tão
disputado pelos rivais Corinthians e São Paulo, foi contratado pelo Palmeiras
na calada da noite, a notícia da contratação do atleta pegou todos de surpresa.
A
goleada no Paulistão por 3X0, com direito a um gol do meio de campo de Robinho,
fez essa rivalidade aumentar mais e mais e mais. No campeonato brasileiro no
primeiro turno, uma sonora goleada por quatro gols mostrou a fragilidade do
tricolor paulista diante do alviverde no ano.
O troco
poderia ter vindo dias atrás, quando em partida realizada no Cícero Pompeu de
Toledo, o São Paulo vencia seu rival pelo placar de 1x0, mas poucos esperavam a
falha do maior ídolo da história tricolor, Rogério Ceni, e por consequência o
gol de empate.
Com
a eminente saída de seu treinador, Ruan Carlos Osório para a seleção do México,
o São Paulo sente o gostinho amargo do que é ser “pequeno”.
O
clube soberano se transformou em um balcão de negócios. O treinador se mostra
insatisfeito e até se diz traído pela diretoria. O time “pequeno” do ano
passado, foi vice-campeão paulista, está entre os primeiros no Brasileirão e
está na semifinal da Copa do Brasil.
O
time pequeno lota sua arena em todos os jogos e tem uma das melhores médias de
público em 2015. O time pequeno teve aumentado a sua arrecadação e por
consequência atletas de boa qualidade hoje vestem a camisa verde.
O
Palmeiras é um dos únicos clubes do país que está em dia com seus atletas,
enquanto outros, como o São Paulo, sofrem para por em dia seus compromissos.
Diferente
do São Paulo, o Palmeiras não precisa provocar adversários, tentando mostrar
uma superioridade que só existe do outro lado do muro. O soco dado por Athayde
Gil Guerreiro em Carlos Miguel Aidar é um claro exemplo de que o castigo vem a
cavalo e que o Palmeiras de clube pequeno não tem nada, só foi uma fase ruim
que aos poucos está acabando.
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