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Dilma não deve se comparar a Getúlio Vargas

Em recente discurso, a presidente da república, Dilma Rousseff se comparou com o ex-presidente Getúlio Vargas. Comparações à parte, a situação de cada um é bem diferente. Por isso pretendo aqui tentar explicar quais motivos levaram Vargas a cometer tal desatino.
Porém, antes de falar da tragédia que tirou a vida do presidente Getúlio no dia 24 de agosto de 1954, vamos entender algumas coisas: Getúlio Dornelles Vargas nasceu na cidade de São Borja (RS) no dia 19 de abril de 1882. Formado em direito, Getúlio foi líder da Revolução de 1930; revolução que impediu que o presidente eleito Júlio Prestes assumisse o cargo de presidente da república, em seu lugar entrou o próprio Getúlio.
Ele foi presidente do Brasil entre 1930 e 1945, ou seja, quinze anos ininterruptos, e depois de 1951 até sua morte em agosto de 1954. Foi durante a era Vargas que muita coisa aconteceu: a lei do salário mínimo, do seguro desemprego foi criada durante esse período. Antes da presidência ele foi deputado Estadual, Federal, foi Ministro da fazenda de Washington Luís, e governador do Rio Grande do Sul.
 Quando alguns petistas falam em golpe, talvez não saibam do que se trata, no entanto, poucos têm conhecimento que Vargas foi líder de uma revolução militar que tirou o eleito Júlio Prestes do cargo de presidente da república. Foi durante seu mandato que foram criados o ministério do trabalho, da saúde, educação, indústria e comércio.
Bem é isso. Dilma Rousseff tentou se comparar com Getúlio, mas ela não deu golpe para virar presidente, ao contrário “foi” eleita duas vezes de forma democrática, através do voto popular, no entanto, ela e sua turma insistem que o processo de impeachment instaurado na Câmara pelo desafeto Eduardo Cunha não passa de uma tentativa de golpismo da oposição.
Vargas foi ditador e se achava dono de tudo, diferente de Dilma que finge administrar, mas na verdade é controlada por outras pessoas, uma espécie de marionete nas mãos do PT.
Além disso, para se comparar a Getúlio Vargas, nossa atual presidente teria que ter a atitude tomada por ele, se suicidar. O crime conhecido como o atentando da Rua Tonelero foi o estopim para o declínio da era Vargas. No dia 5 de agosto de 1954, o major da FAB (força aérea brasileira) Rubens Florentino Vaz, foi morto a tiros por seguranças do então presidente, o jornalista Carlos Lacerda foi alvejado com um tiro no pé.
Diante de tamanho atentado, a imprensa começou a pressionar, os militares assinaram um documento exigindo o afastamento de Getúlio da presidência. Não aceitando a renúncia, ele acabou se suicidando com um tiro no peito. Eis aqui a Carta Testamento deixada por Getúlio:
            Deixo à sanha de meus inimigos, o legado de minha morte. Levo o pesar de não ter podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro, e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia.
A mentira, a calúnia, as mais torpes invencionices foram geradas pela malignidade de rancorosos e gratuitos inimigos, numa publicidade dirigida, sistemática e escandalosa.
Acrescente-se na fraqueza dos amigos que não defenderam, nas posições que ocupavam, à felonia de hipócritas e traidores a quem beneficiei com honras e mercês, à insensibilidade moral de sicários que entreguei à Justiça, contribuindo todos para criar um falso ambiente na opinião pública do país contra a minha

pessoa.
Se a simples renúncia ao posto a que fui levado pelo sufrágio do povo me permitisse viver esquecido e tranquilo no chão da pátria, de bom grado renunciaria. Mas tal renúncia daria apenas ensejo para, com mais fúria, perseguirem-me e humilharem-me. Querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas.
Velho e cansado, preferi ir prestar contas ao Senhor, não dos crimes que não cometi, mas de poderosos interesses que contrariei, ora porque se opunham aos próprios interesses nacionais, ora porque exploravam, impiedosamente, aos pobres e aos humildes. Só Deus sabe das minhas amarguras e sofrimentos. Que o sangue dum inocente sirva para aplacar a ira dos fariseus.
Agradeço aos que de perto ou de longe me trouxeram o conforto de sua amizade. A resposta do povo virá mais tarde..."
A presidente Dilma precisa entender uma coisa, sim, ela foi eleita pelo voto, isso ninguém contesta. O que povo deseja é que toda a roubalheira estatizada durante, principalmente em seu mandato seja estagnada. O PT transformou o Brasil em um país de economia fraca, de política instável e com alta taxa de desemprego.

A renúncia por parte dela seria uma atitude nobre. Fico por aqui.

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