NÃO VAI TER GOLPE!!! Ontem eu fui obrigado a ler uma
enormidade de babaquices nas redes sociais. Postagens de petistinhas revoltados
e insatisfeitos com o resultado de ontem na Câmara dos deputados. Ok!!! Em uma
coisa eu devo concordar com eles, a de que a nossa classe política é a mais
podre e engraçada do mundo, mas isso condiz com a educação do nosso povo.
Tiririca, palhaço, humorista de teor apelativo e um
coitado na minha visão, era um dos indecisos; na hora de declarar seu voto ele
dava risada, não tenham duvidas de que ele ria da nossa cara, chamando a cada
um de nós de cambada de idiotas. Paulo Maluf, que nem pode sair do país, pois
pode ser preso, votou sim, claro, além dele, muitos ali tinham a intenção de
sair bem na foto com seus eleitores. A famosa frase, “estou votando pelo meu
país e pela minha família”, foi dita por quase todos naquele microfone.
Teve deputado que é endeusado por meia dúzia de babacas,
que elogiou o presidente da casa, invocou o nome de um torturador da Ditadura
Militar como se Ustra fosse um ser supremo, uma entidade que merece velas
acesas e orações de nós todos. Bolsonaro foi patético, ridículo e provou mais
uma vez quem ele é. Outro que roubou a cena foi o deputado Jean Wyllys tentando
cuspir no deputado outrora citado, mas como o cara é ruim de mira, cuspe saiu
pela culatra.
Falaram em nome de Deus, em nome da família, em nome do
pai e do filho, dos netos e da esposa, no entanto nenhum ali falou em nome da
amante. Gritaram contra a Rede Globo, mas não duvidem que ontem mesmo, após o
resultado final, a grande maioria ligou a televisão no Plin Plin só pra ver o
que os “golpistas” iriam falar.
Tive vergonha. Já passei dos trinta de idade e vejo o meu
país passar pelo seu segundo processo de impeachment, e isso é muito triste.
Muita gente lutou pelo fim dos governos militares; contra Médici, Figueiredo,
entre outros. Depois das diretas o Brasil parecia finalmente ter mudado, mais
unido, entretanto, tudo isso não passou de utopia. Tancredo foi eleito
indiretamente. Morreu, Sarney assume.
Outra página é escrita, Fernando Collor de Mello, um
alagoano é eleito presidente da república derrotando um ex-operário. Passados
dois anos, um pouco menos ou um pouco mais, o político de cabelo penteado para
trás era cassado. Passamos por poucas e boas, por instabilidade econômica, pela
criação de uma nova moeda e pela vitória do operário.
Vivemos dias de bonança e de desespero. Tivemos corrupção
em todos os governos, mas tivemos também coisas boas. Devemos reconhecer todos
os avanços e lamentar os retrocessos. Temos que colocar na balança os prós e os
contras.
E vamos ser “Francos”, o nosso país ainda não aprendeu a
ser democrático. Ainda falta muita coisa para sermos uma nação digna de
respeito dos outros. Precisamos de menos ódio e mais amor no coração, mais
respeito às opiniões alheias.
Quanto ao não vai ter golpe eu sugiro para que peguem a
constituição, abram no capítulo do impeachment e leiam atentamente, não foi
golpe, foi apenas indignação; e quanto a Cunha e Temer, a hora deles vai
chegar.
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