A
esperança venceu o medo. Foi com esse bordão que Luís Inácio Lula da Silva
ganhou as eleições presidenciais em 2002 sendo eleito Presidente da República.
Pela primeira vez na história, o Brasil seria comandado por um homem do povo,
um ex-metalúrgico, que se transformou em líder sindical nas greves em São
Bernardo.
Lula.
Capaz de levar multidões graças ao seu poder de oratória. Um poder de
convencimento tão grande e poderoso, suficiente para que muitos acreditassem
nele. Ele fez seguidores fiéis. Pessoas que ficariam ao seu lado independente
de qualquer problema.
Quando
foi eleito, sua missão seria tirar o país de um buraco deixado pelo governo
anterior. Diferentemente de seu primeiro mandato, o governo FHC foi um
verdadeiro desastre. Desemprego em alta e desconfiança de tudo e de todos. Luís
Inácio era a esperança, mas o PT seria o medo.
Jamais
pudemos imaginar que o partido dos trabalhadores, que tanto lutou para alcançar
tão nobre objetivo, se sujeitaria a métodos escusos para obter êxito. Tudo
parecia correr bem. Os jornais davam o tom das melhoras. Inflação sobre
controle, empregos jorrando aos montes, dinheiro sobrando e pessoas saindo da
linha da pobreza, entre tantas outras vitórias para os mais humildes.
É
para se reconhecer que o Bolsa Família ajudou muita gente, sim, mesmo sendo
pouco, aquele dinheiro era o complemento na renda de muitas famílias, pois era
graças a esse dinheiro que mães podiam comprar comida. Acabava ali a fome?
Infelizmente não, mas era um bom começo.
Tudo
corria às mil maravilhas. O mundo já começava a reconhecer o Brasil como uma
grande potência. As coisas fluíam da melhor maneira possível e tudo havia se
transformado em um mar de rosas. O Brasil estava por cima da carne seca.
As
coisas começaram a degringolar a partir do momento em que o deputado Roberto
Jeferson denunciou um esquema de pagamento de “mesadas” a parlamentares para
que os mesmos votassem a favor de projetos do governo. A essa esquema deu-se o
nome de Mensalão. Jeferson acusou o então ministro da Casa Civil, José Dirceu
de ser o responsável pela coisa.
A
denúncia foi suficiente para que Dirceu saísse. Para o seu lugar, Lula
escolheria Dilma Rousseff, que exercia o cargo de ministra de Minas e Energia. Entretanto,
a tragédia não parava por aí. Dia após dia, a imprensa em geral publicava mais
e mais denúncias e com isso o cerco se fechava para o partido dos
trabalhadores.
Em
2013 milhares de pessoas saíram às ruas em protesto contra o aumento da tarifa
dos ônibus e metrô, essas manifestações deram margem aos protestos que
contribuíram de forma direta para o processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Pois foram graças a essas pessoas que os políticos se mobilizaram
pela saída da até então Presidente da República.
Dilma
foi reeleita, sim, através do voto e democraticamente. Mas saiu após cometer um
crime que já não é mais crime, as pedaladas fiscais. Diante disso tudo o PT saí
desmoralizado. Durante essa semana milhares de pessoas foram às ruas para
exigir a saída do presidente Michel Temer, atitude que eu apoio e classifico
como legítima, pois o mesmo fazia parte da chapa da candidata à reeleição Dilma
Rousseff, e por isso deveria sair junto com ela, e dessa feita novas eleições
deveriam ser convocadas. Fico por aqui.
Comentários