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Violência nos estádios. Mais uma vez o espetáculo ficou esquecido diante de tamanha barbaridade.

CRÉDITO: globoesporte.com
Sempre fui um torcedor fanático pelo Palmeiras. Daqueles que sempre que surgia alguma oportunidade ia ao estádio. Minha última ida foi em 2002. O Palmeiras saiu derrota por quatro gols diante do Atlético de Minas Gerais. Não abandonei os estádios pela fase ruim do time que seria rebaixado pela primeira vez naquele ano, ao contrário, o que me fez deixar de ir foram as constantes brigas ocorridas.
Adorava ir. Ficava lá com meu pai nas numeradas. Torcendo, xingando, vibrando a cada lance, colocando as mãos na cabeça a cada bola na trave ou chute para fora. Nossa, era tão bom! Pude ver partidas da Copa do Brasil, Paulista e Brasileiro. Naquele tempo já existiam torcidas organizadas, existia toda essa agressividade, mas nada comparado aos dias atuais.
Ontem no Rio de Janeiro, antes e após a decisão da Copa Sul- Americana, torcedores do Flamengo, time mandante, e a polícia militar entraram em confronto. Alguns torcedores tentaram adentrar no estádio sem portar ingressos, o que gerou demasiada confusão. Balas de borracha, spray de pimenta e bombas de efeito moral foram utilizadas pelo policiamento com a finalidade de conter os arruaceiros. Em uma rede social um torcedor fez o seguinte relato: “Eu vi pai correndo de caveirão com criança no colo. Imagem que só não nunca vou esquecer como vai me assombrar o suficiente pra eu nunca mais voltar ao Maracanã”.
As imagens são assustadoras. Parecia uma guerra, e tudo piorou com a perda do título do Flamengo, após empate diante do Indepiendente- ARG. O conflito que teve início na véspera da partida, quando alguns torcedores resolveram perturbar o sono dos argentinos soltando bombas na frente do hotel onde eles estavam hospedados, terminou da pior maneira possível. Com famílias correndo desesperadas em busca de abrigo e segurança.
Não é de hoje que a violência dentro e fora dos estádios tem afastado torcedores, famílias e amantes do esporte mais popular do planeta. A má fase de um clube, ou a simples perda de um título faz com que ânimos se exaltem e pessoas saiam feridas.

Com o intuito de coibir tais atrocidades, algumas arenas possuem câmeras instaladas, o que em tese diminuiria a sanha de alguns baderneiros. Acabar com a violência dentro e fora dos estádios não é simplesmente extinguir torcidas organizadas. Passa também por um projeto amplo de educação, com investimentos em infraestrutura, e professores com melhores salários. O policiamento precisa ser melhorado, não com novos armamentos, mas sim, com pessoas capacitadas para exercerem tal função. O que houve ontem na porta do Maracanã não pode ser esquecido, deve servir como exemplo para as autoridades, para os cidadãos e as futuras gerações, para que aprendam que a fúria de poucos pode acabar com a diversão de muitos. (Fernando Franco de Camargo)

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