Ela despertou do pior
de seus últimos pesadelos. A camisola estava molhada de suor e sua respiração
era agitada. Parecia que um ataque cardíaco lhe tiraria a vida naquele
instante. Sentou-se na beirada da cama, na esperança de que tudo melhorasse e o
sono pudesse voltar. Lembrou-se do pai que abusava dela, da mãe que sabia, mas
que por medo das agressões do marido, não denunciava à polícia. Era madrugada.
Uma brisa leve entrava pelas frestas da janela e um arrepio na espinha fez
Elisa se contrair. Estava assustada. O medo de sair do quarto era tão grande,
que ela resolveu continuar ali mesmo, ao lado de suas coisas, suas bonecas,
suas pelúcias, seu desespero. A porta começou a bater. Era o vento, mas poderia
ser a mão de seu pai, tentando derrubar tudo só para lhe maltratar. Seu olhar
era de um azul medonho, a cor da morte, a cor da fúria, a cor de quem quer se
ver livre, ser livre, se libertar. Elisa saiu da cama, de dentro da gaveta do
guarda roupa tirou um lençol cor de rosa. Embrulhou-o nos braços e o segurou
igual se segura um bebê e saiu. O quintal era de terra, e um abacateiro cheio
de frutos jazia resplandecente diante dela, era alto o bastante para fazer o
que ela imaginava. O céu estava estrelado. A lua cheia iluminava todo o
horizonte e um vento gelado cortava a carne de seu corpo. Sentia-se triste,
envergonhada. Lágrimas correram por seu rosto. Com a destreza de um felino
Elisa subiu na árvore com o lençol em mãos e lá no alto deu um nó forte o
suficiente para não ser desmanchado. Ficou ali, na beirada do galho. O olhar
distante, o pensamento mais ainda. Ao fechar os olhos se lembrou das mãos do
pai tocando seu corpo, acariciando seu seio pequeno e dedilhando por suas
coxas; chorou, gritou e engoliu o choro e o grito. Enrolou o lençol no pescoço
e como um pássaro ferido que deseja sair da gaiola, pulou, saltou e suas asas
de anjo se abriram. Elisa estava livre.
A corrida começou e com o inicio da disputa também começa à busca por um candidato melhor. 2014 está sendo um ano atípico em nosso país. De possível desastre na organização de uma copa do mundo a grande organizador, mas tudo isso foi apagado graças ao pífio desempenho dentro de campo da nossa seleção. Os 7x1 sofridos diante da Alemanha ainda ecoam na cabeça de muita gente por aí. Um velho técnico voltou sob os olhares desconfiados da mídia, e também da população que clamava por um Guardiola da vida ou um Tite qualquer. Passado o mundial e toda aquela ressaca pós vexame o Brasil e seu povo precisam agora mudar a faixa do disco; esquecer a festança e partir para novos caminhos. As eleições estão aí e nunca antes na história precisaremos usar a cabeça e votar corretamente. OK! Aqui estou mais uma vez falando de política, defendendo meu ponto de vista, mas respeitando como sempre a opção dos outros. Não estou escrevendo isso aqui com o intuito de escolher em quem você deva votar. Democr
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