Estava eu, navegando pelas redes sociais, quando me
deparei com uma postagem de uma professora a respeito de um filme; era uma
indicação. Logo de cara quis saber em quais cinemas a produção passava e
descobri que poucas salas exibiam o filme.
Então eu fui, em um domingo, final de tarde, com uma amiga da
faculdade ver o tal filme. Cinema pequeno, sem pipoca e poltronas duras.
Assisti a cada cena sem tirar os olhos da tela grande e sem tirar um cochilo,
afinal de contas, Spotlight era sem dúvida um dos melhores filmes que eu havia
assistido nos últimos anos.
Além de ser baseado em fatos reais, o que me agrada
bastante, a produção falava de jornalismo, seus bastidores e como as
informações chegam aos jornalistas, com certeza uma verdadeira aula; muito
melhor do que ficar ouvindo professores doutrinadores que nada tem a
acrescentar.
Apesar não ser conhecido do grande público, Spotlight,
mostra de forma nua e crua o jornalismo de verdade, a imprensa que se preocupa
somente em ajudar os outros, muito ao contrário da mídia de hoje que só tem
capacidade de prejudicar.
Cresci ouvindo no rádio que o jornalismo é um prestador
de serviço da população, que graças a ele as coisas podem ser resolvidas para o bem de todos, e não esse jornalismo de hoje em dia; sujo, mesquinho e cheio de interesses
escusos.
Não escolhi o jornalismo por gostar de escrever e por ser
apaixonado pela profissão. Acredito que nós, jornalistas, temos a capacidade de
mudar o mundo, de forma positiva; mostrando a todas as pessoas informações de
qualidade, que possam servir de base para que a sociedade viva em harmonia.
Hoje de madrugada, ao saber que o filme que eu tinha
assistido no início de fevereiro havia sido o grande vencedor do Oscar, cheguei
à conclusão de que nada está perdido, ao contrário, Spotlight-Segredos
revelados, mostra que ainda existe uma pontinha de esperança no nosso
jornalismo.
E como um futuro
jornalista, desejo que tudo isso se torne realidade
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