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Não role sem deixar o seu amém.

Não role sem deixar o seu amém. E você vai lá, diz amém, compartilha e entra nas estatísticas das pessoas tontas que espalham tudo quanto é bobagem nas redes sociais. Um verdadeiro inferno na terra. E a idiotice não se resume somente a fotos de pessoas mutiladas, ou a gente acamada com tubos saindo por tudo quanto que é lado, ao contrário, é lá que nós expomos a nossa vida; espalhando a nossa felicidade, o nosso status de relacionamento, a nossa raiva da humanidade e a nossa insignificância perante o mundo que está ali fora.
Ganhamos uma ferramenta sensacional. Capaz até de descobrir familiares que nem ao menos eram do nosso conhecimento e convivência. E espalhamos tudo. Ficamos puto com estupros, com mortes, com animais sendo abandonados e maltratados; viramos cientistas políticos e desatamos a opinar sobre qualquer assunto, mesmo que as coisas escritas sejam linhas e linhas de baboseiras desconexas.
Não passamos um dia sequer sem dar ao menos uma olhada nas postagens dos “amigos” e logo de cara nos deparamos com a mesma ladainha de sempre. A culpa é toda nossa??? Em parte sim, entretanto somos alimentados por sites de conteúdo duvidoso, com notícias que mexem com a nossa imaginação, fértil para escrever besteiras.
Somos vítimas de uma sociedade onde olhar para o umbigo alheio é mais vantagem do que olhar para o próprio umbigo. Meninas postam fotos de biquíni colocando na legenda frases como “deus no comando” e “hoje eu tô (sic) bem fácil”. Se isso é ou não errado, sei lá; cada um que arque com seus atos e fique ciente das consequências.
No meu modo de enxergar as coisas, apesar de parecer um exagero de minha parte, as redes sociais deveriam sim existir, mas o uso delas deveria ser moderado. Recentemente um juiz suspendeu o Whats App, esse simples fato fez com que milhões de pessoas baixassem outros aplicativos, tudo porque, ficar um, dois, ou três dias sem aquilo seria o fim dos tempos, a antecipação do juízo final.
Nos tornamos escravos da tecnologia, aonde não olhamos para a cara do amigo (a) ao lado, mas sim para a tela de um aparelhinho que faz de tudo um pouco: liga, recebe, toca música, rádio, e tem um montão de aplicativos que não servem para nada. Somos dependente e deixamos de lado boas conversas, abraços e risadas, mas infelizmente o mundo de hoje é assim; não adianta ficar escrevendo aqui e reclamando dessa postura, pois a gente torna-se dependente de tudo isso e entramos na triste estatística dos escravos virtuais.



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